Vida e casa organizadas, mas sem estresse!
Em cursos, palestras e trabalhos em clientes, é comum as pessoas me perguntarem se minha casa é impecavelmente organizada. E a resposta que sempre dou é: “Minha casa é organizada, mas não é impecável”. E minha casa é exatamente assim: organizada e prática para viver. Mas sem excessos, sacrifícios ou busca de perfeição. Sei onde estão nossos documentos, minhas roupas, meus óculos, todos os brinquedos do meu filho, cartinhas e cartões que amei ter recebido. Tenho listas para um monte de coisas no meu Evernote (amo!!!) e encontro velas e fósforos em dia de queda de energia na maior escuridão. Mas jamais deixarei de aproveitar um único domingo de sol com a família por estar buscando a perfeição na organização dos armários.
Decidi anos atrás, depois de um período de muito estresse, que iria fazer – o máximo possível – somente as coisas que adoro. E a organização serve exatamente para este objetivo: descomplicar minha rotina, trazendo mais praticidade, agilidade às tarefas cotidianas e o controle efetivo da minha casa e da minha vida. Não quero nem tenho intenção de buscar a casa impecável. Até porque acredito que este tal lar impecável tem boas chances de ser uma casa com pouco movimento. Na minha casa – e provavelmente na sua também! – há muito movimento: tem sempre algum amiguinho na sala com meu filho (ou seja, algum brinquedo fora da caixa!), tem sempre algum copo na pia, tem sempre um vai-e-vem de coisas. Ou seja, tudo tem seu lugar, mas as coisas não estão sempre, o tempo todo, no lugar. Para mim, o importante é cada objeto TER UM LUGAR para voltar depois de ser usado, e não estar o tempo todo lá. Meu lema é: tirou, usou, guardou! E assim a organização não impecável se mantém, firme e forte.
Recentemente ouvi, durante um evento, uma mulher dizendo que morreria bagunceira porque não queria ser escrava da organização, não queria ser como “essa gente chata”. Ela dizia para a amiga que “manter tudo sempre no lugar” tomaria tempo demais, seria estressante. Almocei pensando que, na verdade, é possível que ela esteja, há anos, como escrava e vítima da bagunça simplesmente por ter comprado essa ideia de que existe mesmo a casa impecável, em que nada pode sair do lugar. Não acredito de verdade que eu poderia ser feliz nesta tal casa. Sigo acreditando que mais vale deixar um copinho sem lavar na pia e correr pro parque, aproveitar o dia com meu menino!
Instagram @ingridlisboa.homeorganizer
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