Qual o custo emocional da bagunça?

Adoro perguntar para as pessoas quanto elas acham que custa a bagunça de uma casa. Não porque espere uma resposta na ponta da língua, nem porque acredito que exista realmente uma resposta única e correta, mas porque gosto de ajudar as pessoas a pensar em como temos diversos tipos de prejuízos não calculados. E muitos deles são relacionados à bagunça. A desorganização gera inúmeros prejuízos materiais e emocionais. Os financeiros são fáceis de serem percebidos. Afinal, quase todo mundo já buscou um pacote de farinha na despensa e descobriu que havia três embalagens abertas, das quais duas vencidas (quem nunca?). Muita gente já comprou um sapato muito parecido com outro que já tinha simplesmente por não conseguir visualizar o calçado no guarda-roupa. E levante a mão quem nunca perdeu tempo procurando um documento importante.

No entanto, muitas vezes focamos apenas nos prejuízos materiais e esquecemos que a bagunça também causa desgaste emocional. Quem já acordou atrasado para uma reunião importante e não encontrou a roupa que queria usar simplesmente porque o armário estava bagunçado sabe bem do que estou falando. Neste caso específico, além de perdermos tempo (que também pode ser monetizado, claro), a desorganização acaba nos deixando ainda mais estressados. E nada como começar o dia irritado para terminar com mais irritação ainda, não é?

É evidente que a bagunça não é a única causa de estresse nesta nossa vida corrida e acelerada, mas é um fato que, com a casa desorganizada, a rotina doméstica fica mais estressante. E é muito comum que isso impacte negativamente nossa vida pessoal, especialmente das mulheres. Ou seja, quanto mais bagunça em casa, mais nossa organização pessoal fica prejudicada, menos conseguimos focar e mais desgastadas ficamos. Certa vez, tive uma aluna que contou estar no meu curso de organização porque seu filho de 5 anos havia dito que não gostava mais dela. Quando eu perguntei por que ele havia falado isso, ela respondeu: “Ele disse que era o único da turma que nunca levava o lanche do cardápio e o único que deixava de fazer natação ou judô porque não tinha levado o quimono ou a touca”. Em resumo: a bagunça da rotina doméstica estava afetando a vida de uma criança de apenas 5 anos.

Pode parecer bobagem, mas imagine o custo emocional de ver todos os amiguinhos na aula de judô e você assistindo de fora porque o quimono não estava na mochila. Agora imagine a mãe sabendo que o filho ficou chorando do lado de fora da piscina porque não tinha óculos para nadar. Todo mundo sofre por conta da desorganização. A diferença é que temos formas diferentes de nos expressar. E, algumas vezes, realmente nem nos damos conta de que a bagunça também colabora para aumentar nosso desgaste doméstico.

Este é meu desafio: calcule o custo emocional da desorganização na sua vida, mesmo que você não se considere em super bagunceiro. Imagine o tempo que você gasta – ou já gastou – procurando coisas como chaves, óculos, contas para pagar, acessórios ou roupas que vai vestir para trabalhar, aquele papelzinho no qual você anotou o telefone daquela amiga que não via há anos. Que tal investir tempo para organizar a casa e a rotina, e depois aproveitar as delícias que vem junto com um lar organizado?

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