Desafios da dona de casa moderna

Quando me casei, 19 anos atrás, uma amiga me disse a seguinte frase, que na ocasião me fez considerá-la muito menos amiga do que consideraria hoje: “Eba! Entrou para o mundo das donas de casa!”. Lembro-me de ter ficado irada, chateada, indignada. Dona de casa, eu? Na minha ingênua concepção de vida doméstica pós casa dos pais, uma profissional 24 horas ligada na profissão, sem filhos e com um marido que pouco via (pois os dois trabalhavam demais), a ideia era inconcebível. Mas o fato é que, assim que saímos da casa dos pais, nos tornamos donas e donos de casa, seja dividindo o espaço com mais alguém, seja morando sozinhos. E não há qualquer demérito nisso. Aliás, avaliando em retrospectiva: por que mesmo cultivamos esta ideia de que não devemos aprender a cuidar da nossa própria casa, do nosso espaço mais íntimo e precioso? [#quemnunca]

No meu caso, com o passar dos meses acabei descobrindo (não facilmente) que uma parte das minhas 24 horas diárias deveriam ser investidas na gestão da casa, ainda que fôssemos apenas um casal workaholic e visitante do próprio lar. Afinal, todas as rotinas domésticas dependem de alguém que as gerenciem: desde as compras de supermercado ou a melhor forma de passar as camisas, até o dia da troca da roupa de cama. Durante este período de adaptação e realinhamento das minhas expectativas como dona de casa, aprendi duas grandes lições:

  1. Não precisamos fazer as tarefas, mas precisamos SABER fazer. Essa frase minha avó me disse várias vezes e eu ignorei. Só entendi mesmo quando me casei. E é a pura verdade. Não precisamos lavar, passar nem limpar, caso possamos delegar para alguém o todo ou uma parte das tarefas. Mas para poder explicar como queremos a camisa passada, orientar o uso correto de produtos e até para quando estivermos sem ajuda, é muito importante saber executar as tarefas domésticas. Quando não sabemos executar as tarefas, mesmo que minimamente, perdemos inclusive o controle sobre os tipos de produtos que são usados na nossa própria casa. Ou seja, você pode estar gastando dinheiro com algo de que nem precisa de verdade.
  2. Toda casa precisa de rotina. Não importa o tamanho da sua casa nem quantas pessoas morem nela. Ela precisa de rotina. É claro que quanto mais a complexidade doméstica vai se desenvolvendo, com filhos e funcionários, por exemplo, mais a organização de rotinas se mostra importante e eficiente. No entanto, não é porque você mora sozinha e só tem uma faxineira, que ela não precisa de rotina. Precisamos ter listas de gerenciamento das tarefas para que possamos, inclusive, saber se elas estão ou não sendo feitas. Conheço gente que só percebe que o roupeiro está sujo quando recebe hóspedes no feriado e precisa pegar lençóis no armário. E não é para ser assim, certo? Ainda que tenhamos ajuda em casa, o controle precisa ser nosso e de quem convive conosco, ou seja, dos donos da casa.

Para ajudar você a também se descobrir uma excelente dona de casa, ou um dono de casa, seja em tempo integral, seja parcial, desenvolvi o CURSO DE GESTÃO DE ROTINAS DOMÉSTICAS. Nele você vai aprender a desenvolver e administrar rotinas da casa, de crianças e dos funcionários (e como administrá-los), como envolver a família no gerenciamento da casa, como elaborar e controlar o orçamento doméstico, fazer cardápios e listas de compras que realmente funcionam. Matricule-se!

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